A Wilson Sons (PORT3) reportou uma queda na receita de 20,5% no 4º trimestre, bem como uma redução no número de ações em circulação

A Wilson Sons (PORT3) reportou uma queda na receita de 20,5% no 4º trimestre, bem como uma redução no número de ações em circulação

A empresa propõe o desdobramento das atuais 73.022.100 ações ordinárias na proporção de uma ação ordinária para cada seis ações ordinárias da mesma espécie.

A Wilson Sons (PORT3) registrou lucro líquido de R$ 41,9 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), uma redução de 20,5 % em relação aos R$ 52,7 milhões obtidos no trimestre anterior (4T20).

A receita líquida ajustada pela variação cambial, por outro lado, aumentou mais que o dobro, atingindo R$ 56,0 milhões no quarto trimestre (4T21), ante R$ 27,6 milhões no trimestre anterior (4T20).

A empresa teve lucro líquido de R$ 223,8 milhões no primeiro semestre do ano, representando um aumento de 84,4 % em relação aos R$ 121,4 milhões do mesmo período do ano de 2020.

A receita líquida acumulada de 2021, ajustada pela inflação, mostra um aumento menor de 61,3 %, para R$ 222,7 milhões, ante os R$ 138,1 milhões de 2020.

Isso se deve principalmente à variação de R$ 10,6 milhões no valor dos ativos líquidos de caixa da empresa denominados em reais (como contas a pagar, contas a receber e caixa e equivalentes de caixa de subsidiárias com moeda funcional em dólar); e R$ 3,2 milhões de variação do valor dos ativos de caixa líquidos da empresa denominados em reais da joint venture de embarcações de apoio offshore.

Mais sobre balanço de Wilson Sons (PORT3)

O capex aumentou 67,7%, para R$ 115,4 milhões no 4T21, ante R$ 68,8 milhões no trimestre anterior. Apenas a joint venture Embarcaçes de Apoio Offshore foi incluída neste cálculo; assim, o capex aumentou 39,0 %, para R$ 19,8 milhões.

A construção de novos rebocadores e a conclusão de oito operações de docagem impulsionaram o aumento das despesas no terceiro trimestre. Wilson Sons explica que o aumento no custo das bases de apoio offshore se deveu à derrocagem. Seu capex não consolidado aumentou como resultado das atividades de docagem da joint venture e dos custos associados ao transporte de navios contratados para novos contratos, entre outros.

O Ebitda, impulsionado pelos maiores volumes operacionais, cresceu 9,8 % no trimestre mais recente, para R$ 189,6 milhões (de R$ 172,7 milhões no 4T20), enquanto o total do ano aumentou em 21,2%, para R$ 858,8 milhões. Vale destacar que o Ebitda aumentou 6,8% em dólares para US $ 34,0 milhões.

A margem EBITDA diminuiu 2,6 pontos percentuais no terceiro trimestre, para 32,8 %; no entanto, a margem aumentou 1,1 ponto percentual no ano de 2021, para 40,2 %.

O recebimento de caixa aumentou 18,4 % no 4T21 (e 20,9 % na joint venture), para R$ 577,7 milhões, comparado a R$ 487,8 milhões no 4T20 anterior.

A receita total para 2021 atingiu R$ 2,138 bilhões, representando um aumento de 17,8 % em relação ao ano anterior (mais 6,2 % no recorte da joint venture).

De acordo com a empresa, a receita aumentou principalmente em função do aumento das receitas dos terminais de contêineres, que aumentaram 40,7 % em relação ao trimestre anterior; aumento do número de operações especializadas na unidade de rebocador, que aumentou 38 % em relação ao trimestre anterior; e aumento do número de exportações e importações da Divisão de Logística Internacional (Allink).

A receita dos contêineres atingiu R$ 200,2 milhões, representando um aumento de 14,8% em relação à receita do ano anterior de R$ 174,4 milhões. Este aumento deveu-se principalmente a um aumento na receita de armazenagem e outros serviços relacionados.

Segundo Fernando Salek, CEO da empresa, “os resultados operacionais dos nossos terminais de contêineres, e em especial as exportações, continuam sendo prejudicados pela escassez de contêineres disponíveis e gargalos logísticos globais que resultam em cancelamentos de voos”. “Antecipamos que os gargalos continuarão a representar um desafio ao volume de exportações no primeiro semestre.”

Desdobramento de ações

Além disso, a Wilson Sons anunciou uma proposta para a demolição das 73.022.100 ações ordinárias PORT3 existentes na proporção de 1 (uma) ação para 6 (seis) ações da mesma espécie.

Não haverá alteração do capital social da empresa, que permanecerá em R$ 342.008.075,17 e será dividido em 438.132.600 ações ordinárias no próximo exercício. Para concluir o processo, os acionistas devem aprovar a proposta na Assembleia Geral Extraordinária, que acontecerá no dia 26 de abril.

A Wilson Sons afirmou que seu objetivo é aumentar a liquidez de suas ações ordinárias no mercado e fazer um ajuste em sua cotação, tornando o preço por ação mais atrativo e acessível a um número cada vez maior de investidores. “O desdobramento de ações tem o objetivo de aumentar a liquidez das ações ordinárias da Wilson Sons no mercado e possibilitar o ajuste de sua cotação”, afirmou a empresa.

As ações da PORT3 passarão a ser negociadas “ex” do desdobramento em 16 de maio de 2022, levando em consideração a atual posição acionária em 13 de maio de 2022. As mais cinco ações serão creditadas a cada acionista no dia 18 de maio, de acordo com os termos do acordo.