A verba de US$ 45 bilhões foi aprovada pelo Senado ontem a noite, uma semana depois de passar pela Câmara dos Deputados.
O Senado argentino aprovou nesta quinta-feira (17) um novo acordo de empréstimo de US$ 45 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que inclui uma cláusula que proíbe o uso de criptomoeda no país.
A medida, que foi inicialmente aprovada pela Câmara dos Deputados em 11 de março, visa ajudar o país a reestruturar os US$ 57 bilhões em ajuda externa que recebeu em 2018.
Representantes da Argentina e do FMI assinaram uma carta de intenções em 3 de março, que agora deve ser aprovada pelo conselho do FMI antes de ser implementada.
A cláusula, intitulada “Fortificação da estabilidade financeira”, afirma que “para proteger ainda mais a estabilidade financeira, estamos tomando medidas críticas para diminuir o uso de criptomoedas, com o objetivo de evitar lavagem de dinheiro, informalidade e falta de mediação de terceiros”.
De acordo com o documento, embora os bancos comerciais sejam líquidos e bem capitalizados, “espera-se que continue uma fiscalização vigorosa do setor financeiro, particularmente à luz das recentes mudanças regulatórias relacionadas à pandemia de influenza”.
De acordo com o documento, a Argentina pretende continuar o processo de digitalização de pagamentos “para melhorar a eficiência e diminuir os custos dos sistemas de pagamento e gestão de dinheiro”.
Diante de uma taxa de inflação anual de 52,3 %, que foi registrada em fevereiro, o país despontou como um dos centros mais importantes para a indústria de criptomoedas na América do Sul. As exchanges locais relataram que a compra de stablecoins aumentou seis vezes no ano de 2020.