O índice Ibovespa atingiu a alta de 119 mil pontos, o maior patamar em mais de seis meses; o dólar caiu para R$ 4,83

O índice Ibovespa atingiu a alta de 119 mil pontos, o maior patamar em mais de seis meses; o dólar caiu para R$ 4,83

Diante de uma queda nas taxas de juros no futuro, as exposições e as ações relacionadas à tecnologia foram os destaques no mercado de ações.

A bolsa brasileira manteve a tendência de alta e registrou seu sétimo dia consecutivo de ganhos nesta quinta-feira (24), acompanhando o movimento de alta dos principais índices de ações de Nova York, segundo dados da Bloomberg. Houve poucas mudanças no contexto da guerra na Ucrânia, e a comunidade internacional aumentou as sanções contra a Federação Russa. A chegada de um capital estrangeiro ao país também empurrou o índice para o topo do gráfico.

Após oscilar entre 117.150 e 119.256 pontos, o Ibovespa terminou com ganho de 1,36 %, atingindo 119.052 pontos, maior patamar desde setembro do ano anterior. O valor total arrecadado foi de R$ 32,8 bilhões.

As ações do Banco Inter (BIDI11), que ganharam 10,12 %, foram os ganhos mais notáveis, seguidas pelas do Magazine Luiza (MGLU3) e Méliuz (CASH3), que ganharam 10 % e 9,05 %, respectivamente.

Segundo a Ativa Investimentos, o ambiente atual é favorável e incentiva a valorização de ativos imobiliários e tecnológicos, como semicondutores.

As ações da Locaweb (LWSA3) e Hapvida (HAPV3) foram as quedas mais notáveis ​​durante a sessão, com quedas de 7,05 % e 4,92 %, respectivamente. As ações da Petrorio (PRIO3) foram as que mais ganharam, com ganho de 4,50 %.

Depois que o número de beneficiários e o ticket médio do último resultado ficaram aquém das expectativas na bolsa, as ações da Hapvida caíram para o vermelho. Quanto à Locaweb, suas ações caíram em função dos custos de suas aquisições que pressionaram os resultados finais da empresa.

Enquanto isso, o estoque da Petrorio caiu como resultado da queda do preço do petróleo bruto no mercado internacional, já que os Estados Unidos e seus aliados discutiam a possibilidade de uma liberação coordenada de petróleo bruto do armazenamento para ajudar no reequilíbrio dos mercados mundiais de energia após a invasão russa da Ucrânia.

O dólar manteve sua trajetória de queda e completou mais uma sessão no vermelho. Após oscilar entre R$ 4,765 e R$ 4,857, a marca de R$ 4,832 foi atingida após uma queda de 0,25 % do dólar.

Na opinião de Fernando Bresciani, analista de investimentos do AndBank, a valorização do real ocorre em função da grande entrada de caixa estrangeira no país.

Às 17h08, as seguintes curvas de juros estavam em declínio: DIF23, -0,92 pontos percentuais, a 12,86 %; DIF25, -2,89 pontos percentuais, 11,74 %; DIF27, -2,36 pontos percentuais, 11,57 %; e DIF29, -2,17 pontos percentuais, 11,71 %.

Apesar do tom dovish do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e da entrevista com Campos Neto, que reafirmou a mensagem da última reunião do Copom, o mercado futuro caiu acentuadamente.

Em Wall Street, os principais índices recuperaram parte de suas perdas em relação à sessão anterior, pois a queda nos pedidos de seguro – desemprego aumentou a confiança na recuperação econômica dos Estados Unidos diante de fatores externos adversos, como o conflito russo-ucraniano e taxas de juros mais altas.

O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego foi de 187 mil na semana anterior, o número mais baixo desde 1969, segundo o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira.

O Dow Jones subiu 0,02 %, para 34.707 pontos. O S&P 500 subiu 1,43 %, para 4,52 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 1,93 %, para 14.191 pontos, durante a sessão.