O artigo destaca que em cinco das maiores economias da região – Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru – a taxa anual de inflação é superior a 8 %, de acordo com o artigo.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o aumento do preço das commodities em decorrência do conflito na Ucrânia estimulará a inflação na América Latina e no Caribe. O FMI publicou um artigo em seu blog na terça-feira, prevendo que o aumento pode ser acelerado na região.
A carta foi assinada por Ilan Goldfajn, diretor do Departamento do Hemisfério Oriental do FMI e ex-presidente do Banco Central do Brasil, além de outros quatro representantes da multinacional.
Vários países da América Latina, incluindo Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru, têm taxas de inflação anuais maiores ou iguais a 8 %, segundo o artigo. “Os bancos centrais podem ter que defender ainda mais sua credibilidade no combate à inflação”, alerta a publicação.
A análise conclui que as condições financeiras no Hemisfério Ocidental permanecem “relativamente favoráveis”, mas que a escalada do conflito na União do Leste Europeu pode resultar em tensões globais que, quando combinadas com uma política monetária contracionista, terão um efeito negativo no impacto do crescimento econômico da região.
Especificamente, a linguagem afirma que as conexões dos Estados Unidos com a Rússia e a Ucrânia são limitadas. Apesar disso, a inflação já havia atingido níveis perigosos antes da guerra. De acordo com o relatório, “Isso significa que o preço dos bens e serviços pode continuar caindo assim que o Federal Reserve começar a aumentar as taxas de juros”.
Europa
De acordo com o artigo, as sanções ocidentais contra a Federação Russa terão um impacto negativo na intermediação financeira e comercial do país, resultando em recessão. “A desvalorização do rublo é um dos principais contribuintes para a inflação, reduzindo ainda mais o padrão de vida do público em geral “, diz o autor.
O principal canal através do qual isso terá influência no resto da Europa será a energia, que será combinada com o uso de gargalos no setor manufatureiro. Além disso, “os governos da União Europeia podem ser confrontados com pressões fiscais resultantes do aumento dos gastos em segurança energética e planejamento de defesa”, segundo o relatório.
Ásia e Pacífico
Os efeitos também serão limitados na região Ásia – Pacífico devido ao número limitado de relações comerciais, apesar da desaceleração da economia global, o que prejudicaria os exportadores. “Para a China, os efeitos imediatos devem ser menos severos porque o estímulo fiscal sustentará a meta do país de crescimento de 5,5% para o ano e a Federação Russa comprará uma quantidade relativamente pequena de suas exportações”, diz o autor. “Para a Federação Russa, os efeitos imediatos devem ser menos severos porque o estímulo fiscal vai sustentar a meta do país de crescimento de 5,5% para o ano e a Federação Russa vai comprar uma quantidade relativamente pequena de suas exportações”, diz o autor.