De acordo com relatório, as corretoras internacionais, que dominam o negócio, se beneficiam dos padrões regulatórios frouxos do mercado brasileiro.
De acordo com uma pesquisa realizada globalmente pelo Boston Consulting Group em parceria com o fundo Foresight Ventures e a corretora Bitget, uma das razões pelas quais as exchanges estrangeiras de criptomoedas dominam o mercado no Brasil é a falta de regras claras que regulam o setor de criptomoedas.
De acordo com os resultados do estudo, as bolsas globais “podem se valer de vantagens tecnológicas e de escala para adquirir uma parcela maior do mercado à vista em países onde a legislação cambial é ambígua”, como o Brasil.
A situação no Brasil é única também por outro motivo: a bolsa que detém a maior participação de mercado também é o player dominante no mercado de derivativos, o que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que não deveria ser oferecido sem uma licença.
O texto indica que a Binance desfruta de uma vantagem significativa em ambos os modos de operação. De acordo com a pesquisa, durante os primeiros três meses, o mercado de câmbio capturou quase 68 % dos mercados à vista e de derivativos de criptomoedas.
A próxima empresa a estrear é a internacional OKEx. Quando se trata da típica compra e venda de criptomoedas, o Mercado Bitcoin nacional e o BitPreço entram em cena mais tarde. FTX e Bitget, ambas bolsas mundiais, estão em terceiro e quarto lugar, respectivamente, no mercado.
Dada a proporção de 15 para 1 que existe entre a negociação de ações à vista e a negociação de derivativos no mercado financeiro tradicional, “o Brasil tem o maior potencial para derivativos de criptomoedas na área”. Derivativos de criptomoedas podem ter um impacto significativo na economia brasileira.
Em junho, uma série de empresas internacionais que já iniciaram operações no Brasil afirmaram que aguardam a definição do marco regulatório brasileiro de criptoativos para determinar a estratégia mais eficaz de entrada no país. Essas empresas afirmaram que já iniciaram operações no Brasil.
Uma delas é a Bybit, corretora especializada em derivativos; de acordo com a pesquisa, deveria ter uma postura mais cautelosa aos olhos da CVM e abster-se de oferecer futuros, por exemplo. Esta é uma das recomendações feitas no relatório.
O projeto de lei que regeria o mercado de criptomoedas no Brasil chegou a um impasse na Câmara dos Deputados devido a um desentendimento sobre a versão do projeto que será submetido à votação, com exchanges estrangeiras e nacionais que estão em lados opostos.
Prevê-se que o tema possa ser votado assim que o recesso terminar no mês de agosto; no entanto, existe a possibilidade de que o PL não seja avaliado antes das eleições.