O mercado acionário brasileiro continua avançando, acompanhando os principais indicadores internacionais e atraindo a atenção de investidores como o Copom e o Fomc.
A bolsa brasileira subiu pelo quinto dia consecutivo nesta terça-feira (22), com investidores focados no início da guerra na Ucrânia e no início do ciclo de aperto monetário global, que incluiu Estados Unidos e Brasil. O destaque da reunião da semana anterior do Comitê de Política Monetária (Copom) foi a decisão do Banco Central de aumentar a Selic em 1 ponto percentual, elevando-a para 11,75 % no próximo ano.
Reafirmou o agravamento do clima econômico internacional, que havia sido descrito anteriormente pelo Banco Central, bem como as expectativas inflacionárias que estavam acima da meta estabelecida pelo BC. O Banco Central (BC) afirmou que os juros serão elevados no mesmo valor na reunião de maio, mas que, se as pressões inflacionárias continuarem, o BC poderá adotar uma postura mais contracionista.
Após oscilar entre 116.156 e 117.540 pontos, o Ibovespa terminou com ganho de 0,96 %, chegando a 117.272 pontos. O valor total arrecadado foi de R$ 33,5 bilhões.
AMER3 e BIDI11 foram os desempenhos mais notáveis, com ganhos de 6,65 % e 6,67 %, respectivamente. Os papéis ordinários da Eneva (ENEV3) e os preferenciais do Inter (BIDI11) foram os perdedores mais notáveis, com perdas de 6,65 % e ganhos de 6,18 %, respectivamente.
Após a flexibilização da curva de juros, o setor de tecnologia obteve ganhos significativos na sessão de hoje. Enquanto isso, as ações da Eneva refletiram os resultados positivos do trimestre da empresa, bem como o anúncio de uma proposta conjunta com a PetroRecôncavo (RECV3) para um polo da Petrobras (PETR3;PETR4) no estado da Bahia, entre outras coisas.
As mineradoras e empresas químicas receberam atenção negativa em função da queda do preço do minério de ferro na China. Os preços das ações da Vale (VALE3) e da Bradespar (BRAP4) caíram 2,24 % e 1,81 %, respectivamente, e foram seguidos pelos preços das ações da JBS (JBSS3), que caíram 1,81 %.
De acordo com Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos, as ações vinculadas a commodities subiram significativamente na sessão de ontem e espera -se a correção na sessão de hoje. “Esta ação corretiva também se deve à implementação de preços mais baixos de commodities”, continuou ele.
Devido à grande entrada de capitais estrangeiros no país durante a sessão de hoje, o dólar caiu pela segunda vez. Como resultado de oscilar entre R$ 4,905 e R$ 4,951, os R$ 4,915, ou 0,59 %, caíram frente aos R$ 4,905 e R$ 4,951 do dólar.
De acordo com Brito, a desvalorização da moeda americana em relação ao real se deve à significativa diferença de alíquotas entre o Brasil e os Estados Unidos.
No mercado de reposição, às 17h14, a curva de juros declina até o ponto em que é mais longa: Vale ressaltar que o DIF23 caiu 0,12 pontos percentuais, resultando em 12,93 %; DIF25 caiu 1,15 pontos percentuais, resultando em 12,06 %; DIF27 caiu 1,17 pontos percentuais, resultando em 11,84 %; e DIF29 caiu 0,99 pontos percentuais, representando 11,98 %.
Nos Estados Unidos, as ações subiram na terça-feira, com os investidores respondendo positivamente ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que expressou seu apoio ao aumento da taxa de fundos federais. O mercado de ações experimentou uma sessão volátil na segunda-feira depois que Powell afirmou que “a inflação está extremamente alta” e prometeu tomar “medidas necessárias” para controlar a inflação. Os comentários foram recebidos menos de uma semana depois que o Federal Reserve aumentou as taxas de juros pela primeira vez desde 2018.
O Dow Jones fechou o dia com alta de 0,74 %, ou 34.807 pontos. O índice S&P 500 subiu 1,13 %, para 4.511 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 1,95 %, para 134.108 pontos, no mesmo período.