Durante as primeiras negociações do dia ao IPCA-15 em abril, traders manifestaram insatisfação com a alta do mercado abaixo do esperado.
O índice do Ibovespa futuro deve abrir em alta nos primeiros minutos do pregão desta quarta-feira (27), à medida que o movimento de recuperação global ganha força. Como resultado, o mercado de ações brasileiro pode ser forçado a interromper uma série de seis sessões consecutivas no vermelho hoje, apesar de as notícias não serem particularmente animadoras, principalmente do lado de fora.
Com isso, a projeção para a inflação de abril subiu para 1,73 %, o maior nível para o mês desde 1995. Mesmo assim, o IPCA-15 ficou aquém das expectativas dos organizadores (o consenso Refinitiv projetava uma alta mensal de 1,85 % e anual de 12,16 %).
Ao mesmo tempo em que há preocupações com a espiral inflacionária global, há também preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo, a China, que já é motivo de preocupação há algum tempo. O mercado acompanha de perto a progressão dos casos de Covid-19 no país e antecipa a imposição de novos lockdowns, que podem ter um impacto negativo não só na demanda chinesa, mas em toda a cadeia global de suprimentos, como ocorreu em todo o mundo na pandemia.
Existe hoje uma mania de preços mais baixos do petróleo, apesar do fato de que os preços mais altos resultaram na suspensão das exportações de gás natural russo para a Polônia e a Bulgária nos últimos meses. O barril do brent, que serve de referência para a formação dos preços da Petrobras, cai 0,07 %, para US$ 104,92. Ainda não está claro qual será o impacto disso na indústria do petróleo, bem como no valor da moeda brasileira.
O mercado de minério de ferro, por outro lado, se recuperou e ganhou 2,61 % nos negócios mais recentes na Bolsa de Valores de Dalian. Espera-se que as ações da empresa (VALE3) tenham um bom desempenho no primeiro trimestre de 2022, após o qual a empresa divulgará seus resultados para o primeiro trimestre de 2022.
Às 9h21 (horário de Brasília), o índice do Ibovespa futuro de junho subia 1,89 %, atingindo um total de 111.350 pontos.
O dólar comercial volta à marca de R$ 5 nas primeiras transações do dia, ganhando mais 0,52 % para R$ 5,015 na compra e R$ 5,015 na venda. Com a expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos, o dólar ganha força em relação às demais moedas do mundo.
Nesse caso, as taxas de juros futuras estão caindo em função da divulgação do IPCA -15 em patamar inferior ao esperado (apesar da baixa recorde): o DIF23 caiu 0,11 ponto percentual para 12,90 %; DIF25 caiu 0,15 pontos percentuais para 11,98 %; DIF27 caiu 0,11 pontos percentuais para 11,98 %; e o DIF29 caiu 0,09 % para 11,98 %.
A temporada de lucros corporativos continua em ritmo acelerado em Nova York, com os resultados de grandes empresas de tecnologia como Amazon e Apple na vanguarda das atenções. Até agora, as empresas reportaram o mesmo conjunto de resultados. O contrato Dow Jones futuro perdeu 0,7% de seu valor, enquanto os contratos futuros S&P 500 e Nasdaq ganharam 0,45 % e 0,32 %, respectivamente.
Depois que uma empresa de energia russa, a Gazprom, suspendeu o fornecimento de gás natural aos países da Bulgária e da Polônia por não pagar o combustível em rublos, as bolsas europeias caíram. O corte é amplamente visto como a medida mais severa tomada pelos russos em resposta às sanções impostas ao seu país como resultado da invasão da Ucrânia.
O euro perdeu força e foi negociado em seu nível mais fraco desde 2017, em comparação com o dólar. Em relação ao euro, o valor da moeda americana aumentou 4,3% em abril, tornando-se o melhor mês para o dólar desde janeiro de 2015. A expectativa de taxas de juros mais altas nos Estados Unidos reforçou a demanda pelo dólar americano na compra de títulos do tesouro americano, segundo o relatório.