Os índices de futuros em Nova York estão sendo negociados em um nível moderado, enquanto os mercados de ações europeus estão em queda.
Os futuros de Ibovespa abriram em pequena tendência de alta e oscilaram entre perdas e ganhos nos primeiros pregões do dia. O andamento da guerra na Ucrânia, assim como o ciclo de dinheiro aberto no resto do mundo e no Brasil, estão sendo acompanhados de perto pelos investidores. O destaque da reunião da semana anterior do Comitê de Política Monetária (Copom) foi a decisão do Banco Central de aumentar a Selic em um ponto percentual, elevando-a para 11,75 % no próximo ano.
A declaração do Banco Central reiterou a deterioração do clima econômico internacional, que já havia sido descrito pelo Banco Central, bem como os altos níveis de inflação que estão acima da meta estabelecida pelo Banco Central. O Banco Central (BC) afirmou que os juros serão elevados no mesmo valor na reunião de maio, mas que, se as pressões inflacionárias continuarem, o BC poderá adotar uma postura mais contracionista.
Segundo Gustavo Cruz, consultor de estratégia da RB Investimentos, a resposta do Copom foi mais branda do que a comunicação divulgada após a decisão de subir à Selic na semana anterior.
“Há mais sinais de que o Copom pretende fechar [o ciclo do dinheiro aberto] com a Selic em 12,75 %, mas deixa a porta aberta para que outros entrem”, diz o autor do artigo. Segundo ele, porém, há mais perspectivas de manutenção da inflação e de o Federal Reserve fechar a janela de mercado aberto apenas em junho, com “um pequeno aumento”.
Às 9h09 (horário de Brasília), o índice futuro de Ibovespa caía 0,14 %, ou 116.980 pontos, a 116.980 pontos. Após o declínio de hoje no mercado de ações em Wall Street, os futuros em Nova York estão sendo negociados com ganhos moderados. O contrato futuro do Dow Jones perdeu 0,45 %, enquanto os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq ganharam 0,25 % e 0,09 %, respectivamente.
As últimas palavras ditas por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System dos Estados Unidos, ainda estão sendo debatidas entre os investidores. Powell, falando em uma reunião com líderes empresariais, reiterou que o Federal Reserve está aberto a fazer mudanças mais agressivas nas taxas de juros para combater a inflação. O Federal Reserve elevou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual na semana passada, marcando o primeiro aumento desde 2018.
Depois de cair abaixo de R$ 5 pela primeira vez em oito meses ontem, o dólar comercial volta a subir nas primeiras transações da manhã. A moeda americana rende 0,21 %, ou R$ 4,934, tanto em compras quanto em vendas.
Seguindo o tom mais dovish do Copom, as seguintes taxas futuras estão em queda nas primeiras horas do pregão desta terça-feira: DIF23, -0,02 pp, 12,90 %; DIF25, – 0,06 pp, a 12,14 %; DIF27, – 0,04 pp, um 11,94 %; e DIF29, – 0,04 pp, um 12,06 %.
As bolsas europeias, por outro lado, estão em alta, apesar de as negociações na Ucrânia terem avançado pouco. Os ucranianos se recusaram a se submeter ao ultimato de Moscou, que exigia que a cidade de Mariupol fosse devolvida à sua antiga glória. Os investidores estão acompanhando de perto a desescalada do conflito, bem como os próximos passos dados pelas autoridades monetárias do continente no combate à inflação.
O índice Stoxx 600, que acompanha o desempenho de empresas em 17 países europeus, subiu 0,41 % nesta manhã.