Mais do que a própria decisão sobre a taxa de juros, os especialistas do mercado se concentraram no tom da declaração do Federal Reserve e nos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell.
A partir desta quarta-feira (3), o Federal Open Market Committee (FOMC), que é um comitê do Federal Reserve, concordou em elevar as taxas de juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, elevando a faixa em que agora estão fixadas para entre 5% e 5,25% por ano. Houve total acordo entre todas as partes.
No entanto, os analistas de mercado estão de olho no tom da declaração do Federal Reserve, bem como nos discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, mais do que na taxa de juros.
No comunicado que acompanha a decisão, a autoridade monetária dá a entender que pode suspender reajustes adicionais para dar aos membros do colégio tempo suficiente para avaliar a crise que se abateu sobre o bancos regionais, bem como os debates que cercaram o teto de gastos.
O Federal Reserve vai comemorar a décima alta consecutiva dos juros com o ajuste que ocorrerá na quarta-feira.
O FOMC afirmou no comunicado que não irá mais utilizar a linguagem vista em documentos anteriores, que afirmavam que novos ajustes seriam necessários para trazer a inflação de volta ao nível da meta. Em vez disso, o Federal Reserve falou em avaliar a amplitude das ações tomadas até agora para determinar qual a política monetária seria a mais adequada a implementar.
A redação revisada, por outro lado, não oferece nenhuma garantia de que o Federal Reserve interromperá a progressão dos aumentos de juros na reunião de junho. Notas do Federal Reserve dos Estados Unidos no mesmo texto que a inflação continua alta e que o mercado de trabalho vai bem.
A Reserva Federal reconhece que o ritmo de expansão econômica é moderado, mas mantém que não acredita que as limitações ao crédito estejam a ter efeito ou impacto negativo na atividade econômica, no mercado de trabalho ou na inflação.
O último discurso do Fed ocorre ao mesmo tempo que a crise que afeta os bancos regionais e o conflito entre congressistas dos Estados Unidos sobre a definição de um limite à dívida total do país.