O vice-primeiro-ministro da China pediu a implementação de políticas que sejam benéficas para a economia, bem como cautela ao lidar com medidas que possam prejudicar os mercados.
A notícia de que o governo chinês dará suporte à estabilidade das atividades financeiras no país e estimulará o crescimento econômico futuro provocou o colapso dos três fundos de índice que incluem empresas chinesas e são negociados na bolsa B3 na quarta-feira (16). Às 15h30, o fundo negociado em bolsa (ETF) XINA11 que replica o índice MSCI China, por exemplo, tinha ganho de 15,06 %, elevando-o para R$ 6,57.
Por conta de uma escalada da Covid-19 no país, que resultou em lockdowns em várias grandes cidades, além de notícias de multa recorde contra a gigante chinesa de tecnologia Tencent, o valor desse fundo caiu abaixo de R$ 6. Nos últimos dois dias, o valor desse fundo caiu abaixo de R$ 6.
Ao mesmo tempo, os BDRs de ETFs (que são recebimentos de títulos listados fora do país e são lastreados em fundos de índice) também avançaram: por exemplo, o iShares MSCI China ETF (BCHI39), que acompanha o índice MSCI China, ganhou 14,10 %, trazendoseu preço para R$ 33,34.
De acordo com reportagens da imprensa internacional, Liu He, vice-primeiro-ministro da China, fez um apelo para a implementação de políticas favoráveis ao mercado de apoio à economia, bem como cautela na introdução de medidas que possam prejudicar os mercados, o que motivou a listagem de uma série de ações mornas na China e Hong Kong na quarta-feira. Liu He é membro do Partido Comunista da China.
Todas as políticas que tenham um impacto significativo no mercado de capitais devem ser previamente coordenadas com os departamentos de gestão financeira, segundo Liu, que afirmou ainda que as autoridades seriam responsabilizadas pelas suas ações se o fizessem.
O vice-primeiro-ministro afirmou ainda que as negociações entre os reguladores chineses e norte-americanos sobre as empresas chinesas cotadas nos Estados Unidos registaram progressos positivos e que os reguladores estão atualmente a trabalhar em planos específicos de cooperação entre si. Segundo ele, o governo vai continuar a apoiar as empresas locais que procuram trabalho no estrangeiro.