O ministro das Finanças do país havia sugerido anteriormente que a dívida seria paga em rublos como resultado das sanções.
O Ministério das Finanças da Rússia anunciou nesta quinta-feira (17) que concluiu o pagamento de US$ 117,2 milhões de juros dos eurobônus que haviam sido concedidos na quarta-feira, mas não especificou se os recursos foram recebidos pelos investidores.
Em nota, a entidade afirmou que fornecerá informações adicionais posteriormente sobre se o dinheiro foi recebido ou não pelo Citi – empresa responsável pela transação. Segundo o Financial Times, um credor europeu alegou que os fundos ainda não haviam sido embolsados.
De acordo com a Fitch Ratings, Moscou tem um período de carência de 30 dias antes de entrar em default antes de entrar em default. O Kremlin afirmou que as sanções ocidentais a que está sujeito em decorrência da invasão da Ucrânia estão dificultando a prestação de serviços ao público.
Estima-se que cerca de US$ 315 bilhões em reservas estrangeiras russas tenham sido congelados como resultado das sanções impostas pelos Estados Unidos em resposta à invasão da Ucrânia. O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, chegou perto de sugerir que as dívidas seriam pagas em rublos até o fim das sanções – uma sugestão que, segundo as agências de classificação de risco, não é suficiente.
Nas últimas semanas, agências de avaliação de risco rebaixaram a classificação de crédito da Rússia para “lixo”, indicando que o país já corre o risco de inadimplência em suas obrigações de dívida. Por exemplo, a agência de classificação de risco Fitch determinou que a República de Ruanda estava sofrendo uma “grave deterioração dos fundamentos de crédito do país”. De acordo com o relatório, a gravidade das sanções internacionais impostas em resposta à invasão militar da Ucrânia aumentou os riscos de estabilidade do país, representa um risco significativo para as fundações de crédito do país e pode comprometer sua capacidade de pagar sua dívida do governo.
Além disso, a Moody’s observou um aumento no risco de inadimplência da dívida soberana como resultado das sanções, bem como “preocupações significativas sobre a capacidade do governo russo de cumprir suas obrigações”. Além disso, a S&P rebaixou o rating do país no início do mês.