O Estado reitera que o preço da gasolina e outros combustíveis é fixado de acordo com as condições do mercado internacional.
Após receber ordem da Justiça para participar de manifestação questionando o aumento do preço do combustível anunciado na semana anterior, a Petrobras (PETR3;PETR4) afirmou que a suspensão do reajuste pode resultar em “desabastecimento” e “caos” no país.
O estado de Washington emitiu protocolo nesta quinta-feira, 15 de abril, em resposta a uma petição apresentada pelo Conselho Nacional de Cargas Rodoviárias (CNTRC), Frente Parlamentar Mista de Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas (FPMAC) e outros representantes da categoria a semana anterior.
A ação busca obter liminar contra o reajuste da Petrobras de 18,8 % na gasolina, 24,9 % no diesel e 16,1 % no gás de cozinha, implementado na semana anterior.
A Petrobras reafirma em manifestação divulgada hoje que sua política de preços de combustíveis está em equilíbrio com os mercados globais, e que esta é uma condição necessária para o bom funcionamento do setor. Caso os participantes do mercado – incluindo, mas não se limitando à Petrobras – sejam coagidos a adotar preços defasados, o resultado será uma deterioração da economia nacional, de acordo com o relatório.
A empresa alega ainda que os autores da ação pretendem utilizar o procedimento de forma “política” e como resposta a uma categoria específica de pessoas, e que aceitar o pedido liminar traz riscos, uma vez que o aumento já está em vigor.
“A Petrobras não é a única empresa que atua no mercado brasileiro de refino. Com isso, a medida liminar, nos moldes em que é pleiteada, geraria um ‘preço Petrobras’ e um preço diferente das demais refinarias, resultando em “um caos de mercado sem precedentes na história, fruto da preço congelado judicialmente”, conclui o autor.
Em sua resposta, a Petrobras destaca que outras commodities (commodities básicas, como petróleo e minério de ferro) também tiveram aumentos de preços em decorrência do conflito no flanco leste da União Europeia. O estado ressalta que o preço final da gasolina e do diesel ao consumidor reflete não apenas o valor pago nas refinarias, mas também outros fatores como impostos estaduais e federais, além de margens e custos de distribuição e varejo.
“O valor pago pelo consumidor ao final da transação não é o valor recebido pela Petrobras.” Da mesma forma, o valor final pago pelo consumidor não é consequência das políticas de preços seguidas pela Petrobras, mas sim o produto da combinação de muitas parcelas aplicadas por outros agentes.”
Usando o exemplo acima, a empresa afirma que quando um consumidor abastecer seu veículo em um posto e pagar R$ 200, a empresa receberá cerca de R$ 71,00 (35,5 %). “O restante do parágrafo refere-se a impostos, etanol anidro e margens de distribuição e varejo.”