A alta do preço do ouro e do petróleo está pressionando o mercado de ações brasileiro, e o dólar está caindo como resultado de remessas afluentes e carry trade.
O mercado de ações brasileiro abriu entre baixas e altas na segunda-feira (21), alinhando-se com o resto do mundo, já que as principais bolsas do mundo também abriram ao mesmo tempo. A forte valorização das commodities, por outro lado, ajudou o mercado acionário brasileiro a retomar o pé na zona positiva, com o Ibovespa terminando com alta de 0,73 %, ou 116.154 pontos, após oscilar entre 115.207 e 116.359 pontos. O valor total arrecadado foi de R$ 29,9 bilhões.
Juan Espinhel, da Invest Consultoria, explica que as empresas relacionadas a commodities têm presença significativa na bolsa de valores Ibovespa. Com isso, o mercado acionário brasileiro ganha espaço, apesar de outros setores menos representativos não apresentarem um desempenho tão bom quanto o brasileiro.
Segundo o especialista, a notícia de que a China retomará o estímulo econômico fez com que o mercado de minério de ferro despencasse na sessão de hoje, o que foi extremamente benéfico para a Vale (VALE3), que também tem peso significativo no índice.
Na frente do petróleo, o preço do petróleo bruto Brent aumentou 7,96 % para US$ 116,52, enquanto o preço do petróleo bruto West Texas Intermediate aumentou 7,27 % para US$ 116,52. O preço do petróleo despencou à medida que os países da União Europeia consideram seguir o exemplo dos Estados Unidos e suspender as compras de petróleo bruto russo.
As ações da Petrobras (PETR4) tiveram um aumento de 3,76 % em valor, seguidas pelas ações 3R Petroleum (RRRP3) e Bradespar (BRAP4), que tiveram aumentos de 3,70 % e 3,49 %, respectivamente, para completar as ações com melhor desempenho.
Bank Inter (BIDI11) e Dexco (DXCO3) receberam atenção negativa, com suas ações caindo 8,88 % e 4,42 %, respectivamente. A Braskem (BRKM5) recebeu nota negativa de atenção, com queda de 3,79 %.
Após as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, segundo analistas da Ativa Investimentos, a curva de juros se achatou, acompanhada de um aumento no valor das ações americanas. Um número crescente de empresas de alto crescimento está sendo impactado negativamente como resultado disso.
O dólar americano já caiu abaixo da marca de R$ 5, com a entrada de dinheiro estrangeiro no mercado em busca de oportunidades rentáveis de carry trade. Depois de oscilar entre R$ 4,931 e R$ 5,030, o dólar no olho do furacão ganhou 1,42 %, para R$ 4.944.
Às 17:14, convergiram as seguintes curvas de taxa de juros: DIF23, +0,47 pontos percentuais, a 12,93 %; DIF25, +1,28 pontos percentuais, 12,24 %; DIF27, +0,80 pontos percentuais, 12,02 %; e DIF29, +0,04 pontos percentuais, 12,11 %.
Como resultado do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, declarar que a inflação está extremamente alta e prometer tomar “medidas necessárias” para manter os preços sob controle se a tendência inflacionária continuar, as ações em Wall Street caíram em um dia volátil. Ele ressaltou que, se necessário, os aumentos de impostos podem passar de incrementos mais conservadores de 25 pontos para aumentos mais agressivos de 50 pontos. Os comentários vieram em menos de uma semana depois que o Federal Reserve elevou as taxas de juros pela primeira vez desde dezembro do ano passado.
O Dow Jones encerrou o dia em queda de 0,58 %, a 34.552 pontos, enquanto o S&P 500 encerrou o dia em queda de 0,04 %, a 4.461 pontos. O Nasdaq ganhou 0,40 %, elevando-se para 13.838 pontos.