Os investidores estão tendo uma visão positiva da reação da criptomoeda ao primeiro aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos desde 2018.
O Bitcoin (BTC) e as demais grandes criptomoedas abriram em leve queda nesta segunda-feira (21), mas encerraram a semana com uma perspectiva positiva para o mercado, apesar da primeira alta de juros do Federal Reserve em quatro anos e dos crescentes ataques do governo russo a Ucrânia e outros países.
A maior criptomoeda por capitalização de mercado está sendo negociada a US$ 41.340 nas primeiras horas do dia, após uma ligeira queda de 0,9% nas 24 horas anteriores. De acordo com dados da Binance, a criptomoeda ganhou 9,25 % na semana. Enquanto isso, a criptomoeda Ethereum (ETH) ainda está pairando perto do fundo do intervalo, em US$ 2.912, depois de ter fechado a semana com ganho de 13,79 %.
“Tem sido uma boa semana para o Bitcoin e mantivemos o suporte acima de US$ 40.500”, disse Joe DiPasquale, CEO da empresa de gestão de fundos BitBull Capital. Na análise gráfica, suporte é um termo usado para denotar uma faixa de preço na qual há uma alta demanda por um produto ou serviço específico. Suporte é derivado do termo “suporte” e significa “suporte”.
Caso consigamos romper a próxima linha de resistência em US$ 42.500, poderemos ver um salto para US$ 45 mil, semelhante ao que vimos no último dia de fevereiro.
DiPasquale continuou dizendo que “um baixo volume de transações é normal para o peso da atividade da semana”. Ao longo da semana, ele espera que o volume aumente. Em suas palavras, “com os mercados de ações subindo mais uma vez, há uma oportunidade de ser aproveitada em Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas, principalmente quando o segundo dia de negociação da semana começa a ganhar impulso”.
O especialista destacou ainda que muitos investidores associaram a queda do mês de fevereiro nos mercados de ações e criptomoedas a uma queda semelhante na crise da Covid, ocorrida em março do ano seguinte.
De acordo com a equipe da Transfero, o preço de US$ 37,5 mil está se mostrando um forte suporte não apenas no curto prazo, mas também no longo prazo. Segundo os analistas, o valor já foi ‘tocado’ cinco vezes e não foi quebrado com volume significativo em nenhum momento. “Isso reforça o fato de que o movimento ascendente superou o movimento descendente neste ponto, indicando que agora é um bomhora de entrar no mercado Bitcoin”, escreveram.
Segundo os especialistas, se o Bitcoin conseguir romper o nível de resistência de US$ 42,7 mil com um alto volume de transações e manter um preço acima desse nível, uma nova tendência de alta da criptomoeda pode começar em um futuro próximo.
Dantes também ressalta que os compradores de Bitcoin continuaram ativos desde que o nível de suporte de US$ 37 mil foi mantido há duas semanas, conforme observou o analista técnico.
Mais pessimista, ele prevê que, após uma alta na semana anterior, a criptomoeda subirá de preço na direção da zona de resistência entre US$ 43 mil e US$ 46 mil.
“Após o aparecimento de um sinal de baixo nível de exausto em 7 de março, os sinais de curto prazo do impulso mudaram para a direção ascendente. Além disso, o índice de força relativa (RSI) no gráfico diário está subindo acima dos níveis de sobrecompra, indicando que a tendência de queda está chegando ao fim, de acordo com os analistas.
O sentimento de alta em torno dos próximos dias do Bitcoin levou os investidores a apostarem em criptomoedas da “velha guarda”, como Dash (DASH) e Ethereum Classic (ETC), que ganharam entre 9 % e 10 % nas últimas 24 horas. No espaço de seis dias, os índices caíram 26,8 % e 51,9 %, respectivamente.
Por outro lado, as perdas mais significativas foram sofridas pela Ecomi (OMI), que caiu 7,3 % hoje e é uma das poucas empresas a ter sofrido perdas significativas na semana passada, com um declínio de 12,9 %.
Confira as notícias mais importantes do mercado de criptomoedas nesta segunda-feira (21):
O CEO de uma exchange de criptomoedas ucraniana acusa a Binance de cooperar com o governo russo
Apesar das sanções globais, Michael Chobanian, fundador da exchange de criptomoedas ucraniana KUNA, afirmou que sua empresa, Binance, está colaborando com o governo russo.
Chobanian afirmou em entrevista que o CEO da exchange de criptomoedas, Changpeng Zhao, terá que decidir de que lado do conflito a Binance estará após a invasão da Ucrânia.
“O problema com a Binance não é apenas que eles ainda estão operando nos dois lados do Atlântico; é também que eles demonstraram cooperação com o governo russo antes da Guerra Fria e, até onde eu sei, eles ainda estão cooperando como governo russo”, explicou Chobanian.
“A primeira coisa que fizemos como comunidade de criptomoedas na Ucrânia foi encerrar todas as transações de rublo porque era um grande obstáculo na lista de sanções. De acordo com o ucraniano, “infelizmente, nem todas as empresas de criptomoedas, particularmente a Binance, seguiram nosso movimento”, disse o CEO da empresa.
A empresa de Zhao não concorda. “Preferimos não comentar sobre acusações falsas.” “Nosso foco principal é ajudar as pessoas”, disse Jessica Jung, porta-voz da empresa, em comunicado.
El Salvador suspendeu a emissão de títulos lastreados em Bitcoin de última hora
Os US$ 1 bilhão em títulos salvadorenhos lastreados em Bitcoin ainda não chegaram ao mercado, apesar da possibilidade de atraso em função do ambiente macroeconômico global.
A emissão estava inicialmente prevista para os dias 15 a 20 de março, mas o ministro das Finanças de El Salvador, Alejandro Zelaya, alertou que o conflito em curso entre a Ucrânia e a Rússia pode fazer com que o procedimento seja adiado ou mesmo interrompido.
De acordo com uma reportagem do jornal local La Prensa Gráfica, a legislação necessária para a emissão de títulos não foi submetida ao Congresso até o dia 15 de março.
Durante a campanha presidencial em novembro de 2021, o presidente Nayib Bukele anunciou planos para construir uma “cidade Bitcoin” que seria financiada pela venda das criptomoedas, que têm um rendimento anual de 6,5 %.
No entanto, de acordo com uma reportagem do Financial Times, os títulos não serão emitidos pelo governo de El Salvador, mas sim pela usina termelétrica do país, La Geo.