A alta dos preços das commodities e o maior apetite por risco contribuíram para o fraco desempenho do mercado acionário brasileiro na sexta-feira.
O Ibovespa encerrou o pregão do dia a 115.310 pontos, alta de 1,98 % em relação ao pregão anterior. O aumento acumulado na semana passada foi de 3,22 %. O desempenho do principal índice brasileiro acompanhou o de seus pares internacionais – nos Estados Unidos, o Dow Jones, o S&P 500 Index e o Nasdaq registraram ganhos de 0,78 %, 1,16 % e 2,05 %, respectivamente.
O desempenho das empresas de commodities contribuiu para a recente alta do preço das commodities – o preço do petróleo Brent terminou o dia verde, a US$ 107,69 o barril, e o preço do minério de ferro terminou o dia verde, US$ 150,05 a tonelada.
Assim, as ações ordinárias da Vale (VALE3) encerraram o dia com valorização de 1,90 %. Em contrapartida, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram 0,88 % e 2 %, respectivamente.
Um dos aumentos mais notáveis foi para as ações ordinárias da CVC Brasil (CVCB3), que subiram 9,80 % para R$ 13,45, representando o maior aumento percentual do mercado de ações. A empresa divulgou um relatório financeiro trimestral na quarta-feira que foi bem recebido pelo mercado.
Por último, mas não menos importante, as construtoras interromperam suas operações no estado grávido. Por exemplo, o preço das ações da MRV (MRVE3) aumentou 9,69 %, enquanto o preço das ações da Cyrela (CYRE3) aumentou 9,39 %, e o preço das ações da EzTec (EZTC3) aumentou 7,15 %.
Como as vendas das construtoras são altamente dependentes do acesso ao crédito, parte do aumento do estoque das construtoras pode ser atribuída à queda do estoque das construtoras.
O desempenho do DI em janeiro de 2023 diminuiu seis pontos-base, para 12,87 %, e o desempenho do DI em janeiro de 2025 diminuiu 29 pontos, para 12,07 %. No longo prazo, os DIs para 2027 e 2029 verão suas alíquotas diminuir em 29 e 27 pontos, respectivamente, para 11,89 % e 12,03 %.
Por causa da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central nesta quarta-feira, as taxas dos contratos futuros de juros continuam oscilando, e os investidores aguardam a publicação da ATA, que deve ser divulgada ainda esta semana, para ver se eles foram corrigidos.
Além disso, a desvalorização do dólar tem auxiliado o desempenho da curva brasileira de juros. O contrato futuro de dólar para maio encerrou com queda de 0,54 %, atingindo R$ 5,035. O dólar comercial valorizou 0,37 %, somando R$ 5,015 em compras e R $ 5,016 em vendas.
Por causa de um maior apetite por risco, a moeda americana vem se afastando do mundo real. O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, Joe Biden e Xi Jinping, contribuiu para a melhora dos índices do mercado. Xi Jinping afirmou que tanto a China quanto os Estados Unidos estão comprometidos em promover a paz global. Além disso, há indícios de que um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia está progredindo.
Além desses fatores, os sinais de que a economia brasileira está aquecendo mais rápido do que o esperado reforçaram o valor da moeda. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã dados que mostram que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,2 % no quarto trimestre de janeiro, abaixo da expectativa do mercado de 11,4 %.