Segundo Putin, as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia "declararam efetivamente" o calote da Rússia

Segundo Putin, as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia “declararam efetivamente” o calote da Rússia

O presidente russo afirmou que a resposta dos Estados Unidos ao ataque russo serve para fortalecer e unir o país, além de causar “dificuldades” para o mundo inteiro.

As sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) contra a Federação Russa “declararam efetivamente” o calote do país em sua dívida, segundo o presidente Vladimir Putin, que falou durante uma reunião com ministros de seu governo na quarta-feira.

As medidas tomadas pelos Estados Unidos em resposta à invasão russa da Ucrânia foram classificadas como “blitzkrieg (uma tática militar usada pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial) econômica”, o que se assemelha às políticas antissemitas implementadas pelo governo alemão durante a década de 1930, quando o país estava sob o comando de Adolf Hitler.

Em suas declarações, Putin afirmou que a resposta dos Estados Unidos ao ataque russo serve para fortalecer e unir o país, além de criar “dificuldades” para o resto do mundo. Segundo ele, as sanções tiveram impacto na economia dos Estados Unidos, como evidenciado pelo aumento do custo da energia, por exemplo, e os problemas só vão se agravar no futuro. O presidente russo também criticou as empresas estrangeiras que deixaram o país, afirmando que as que permaneceram terão “mais oportunidades no futuro”.

Em termos da economia local, Putin afirmou que será necessária uma reorganização, o que pode aumentar temporariamente o desemprego e a inflação na Federação Russa. Por outro lado, enfatizou que o governo tem recursos e que não será necessário que o banco central imprima mais dinheiro, e que o principal problema que o país enfrenta atualmente é a distribuição de benefícios.

Segundo Putin, a Federação Russa aumentaria o investimento em infraestrutura, relaxaria as regulamentações que regem o acesso ao crédito do setor privado e estabeleceria linhas de crédito para ajudar na recuperação do país.

Energia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, reuniu-se com o governante do Emirado de Abu Dhabi (EAU), Sheikh Mohammed bin Zayed al Nayhan, na quarta-feira para discutir as ramificações da invasão da Ucrânia pela Rússia e a importância da cooperação para para melhorar a estabilidade do mercado global de energia. Boris Johnson é o primeiro primeiro-ministro britânico a se encontrar com o governante do Emirado de Abu Dhabi (EAU), Sheikh Mohammed bin Zayed al Nayhan.

De acordo com um comunicado divulgado pelo governo britânico, os líderes discutiram oportunidades para ampliar a cooperação bilateral em áreas como segurança energética, tecnologia verde e comércio. A reunião foi realizada em Abu Dabi, capital da EAU.

Johnson, em um vídeo postado no Twitter, defende que a União Europeia deve aumentar o investimento em fontes de energia renovável no Reino Unido, enfatizando a importância de os Estados Unidos reduzirem sua dependência de petróleo e gás natural produzidos pela Rússia.