Cada um dos 3,5 milhões de clientes de corretagem da associação será elegível para receber um token complementar que lhes dará a capacidade de participar do processo de tomada de decisão da associação.
Na última sexta-feira (27), o Mercado Bitcoin tornou pública sua ambição de construir seu próprio time de futebol, completo com uma administração com visão de futuro baseada em ativos digitais no metaverso. Durante a Copa do Mundo, que acontecerá em novembro e dezembro deste ano, acontecerá o lançamento oficial. As categorias masculina e feminina devem estrear em 2024.
O conceito exige o estabelecimento de uma Organização Autônoma Descentralizada, ou DAO para abreviar. DAOs são uma forma de instituição distribuída que ganhou destaque em 2021 como uma abordagem inovadora para o gerenciamento de iniciativas de criptomoeda. Para isso, o processo decisório será aberto à participação de qualquer pessoa que possua tokens oficiais do projeto.
De acordo com o Mercado Bitcoin, os tokens pertencentes à equipe serão colocados à venda para gerar receita para a comissão técnica e as peneiras que estão programadas para ocorrer em 2023. Por meio de um processo conhecido como airdrop, os 3,5 milhões de usuários da exchange receberão os ativos sem nenhum custo.
Sérgio Veiga, Diretor de Patrocínio do Mercado Bitcoin, explica que “a expectativa é definir a comissão técnica em janeiro de 2023, para fazer entre março e junho, uma peneira nacional, passando por todos os estados brasileiros em busca de talentos para formar o sub-21 de equipes masculinas e femininas.” “A expectativa é que a comissão técnica seja definida em janeiro de 2023, e que entre março e junho seja feita uma peneira nacional.”
Os detentores de tokens, sejam eles comprados ou usuários da plataforma que os receberam como parte de um airdrop, terão a oportunidade de participar do processo de formação de uma equipe, incluindo a escolha do nome da equipe, uniformes e números de jogadores. O nome “Metaverse DAO Football Team” foi dado ao elenco por enquanto. Veiga defende que ” queremos mostrar que existe um método muito mais sábio de gerir uma equipa e estamos convictos de que este caminho é alcançável”. “Temos certeza de que esse caminho é possível”, diz Veiga.
Os detentores de tokens também terão a capacidade de vender o ativo digital no mercado secundário; no entanto, caberá ao coletivo de participantes do DAO decidir se o valor obtido ficará integralmente com o proprietário ou se será, por exemplo, compartilhado entre todos ou direcionado aos cofres do clube.
Os proprietários de 100 milhões de tokens se unirão para construir uma estrutura de gerenciamento descentralizada. As unidades restantes serão distribuídas em 2023, após a distribuição do lote inicial na Copa do Mundo no Catar.
No Brasil, o conceito de transformar um grupo em DAO não é exatamente um conceito novo. O Ipatinga Futebol Clube, clube mineiro, foi adquirido por uma holding em abril deste ano com o objetivo de implementar a mesma estratégia de gestão descentralizada utilizando criptoativos. A aquisição foi financiada com as riquezas do príncipe do Bahrein.