Os números de vendas mostram um aumento de 5 % em relação ao primeiro trimestre de 2019, e as projeções para o mês de abril apontam para um aumento de 21,6 % em relação aos níveis de 2019.
A brMalls (BRML3) reportou um ganho em seu lucro líquido ajustado no balanço do primeiro trimestre deste ano de R$ 84,223 milhões. Isso representa um aumento de 10,8 % quando comparado ao mesmo período de 2022. Sem levar em conta qualquer modificação, o lucro total foi de R$ 72,104 milhões, representando um aumento de 27,5%.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou R$ 254,575 milhões, o que representa um aumento de 48,8 %. A margem ajustada ficou em 74,5 %, o que representa um aumento de 3,5 pontos percentuais.
O fluxo de caixa das operações (FFO) foi de R$ 103,611 milhões, representando um aumento de 21,5 %; no entanto, a margem encolheu 5,1 pontos percentuais, caindo para 30,3 %.
De acordo com o relatório fornecido pela empresa, o aumento das taxas de juros afetou as despesas financeiras e, consequentemente, o FFO. “Em março, vendemos 30 % do Shopping Uberlândia para minimizar a alavancagem e o custo médio da dívida”, enfatizou. “Isso foi feito para tornar a empresa mais estável financeiramente.”
O resultado financeiro foi negativo em R$ 114,7 milhões, o que representa um aumento de 68,6 %. Isso se deve principalmente ao avanço da Selic, já que 77,5 % das dívidas estão atreladas ao CDI, e ao crescimento da inflação, que elevou os juros sobre passivos indexados ao índice de preços. Ambos os fatores contribuíram para o aumento do índice de preços.
Receitas e despesas
O aumento da receita líquida para R$ 341,798 milhões representa um fator de crescimento de 41,7 %. O valor total da receita operacional líquida (NOI) gerada pelos shoppings foi de R$ 302,004 milhões, representando um aumento de 46,5 %.
Apesar de ter havido um aumento de casos da variante omicron da Covid em janeiro, a empresa afirma que o primeiro trimestre foi definido pela “resposta constante das vendas globais da empresa em fevereiro e março”. Este era o caso, mesmo que houvesse um impacto do aumento.
Portanto, as vendas ao longo do trimestre apresentaram crescimento de 5 % em relação ao mesmo período do primeiro ano de 2019. De acordo com o que a corporação escreveu, as indicações apontam para um aumento de 21,6% ao longo de 2019 para o mês de abril.
O montante de R$ 51,307 milhões foi gasto em despesas comerciais, gerais e administrativas, representando um aumento de 8,7 %. No entanto, apenas as despesas com vendas diminuíram 27,4 % durante o primeiro trimestre, e isso foi atribuído principalmente à queda na inadimplência.
Indicadores do balanço da brMalls
Quando comparado ao período anterior à pandemia, que é o primeiro trimestre de 2019, a receita líquida no mesmo período deste ano saltou 17,7 %, enquanto a receita operacional líquida melhorou 14,7 % e o Ebitda ajustado aumentou 17,3 %.
A empresa informou que a área bruta locável (ABL) própria de seu portfólio principal aumentou 2,5 %, enquanto a ABL ajustada aumentou 5,5 %. Durante o período anterior à pandemia, a ABL própria aumentou 1,5 %, enquanto a ABL ajustada diminuiu 19,2 %.
A queda nas vendas mesmas lojas que ocorreu nos primeiros três meses de 2021 foi revertida durante os primeiros três meses deste ano, resultando em um crescimento de 50,7 %. A taxa média de ocupação mensal das lojas da rede aumentou para 97,6 %, de 96,3 % no ano anterior, enquanto os aluguéis mesmas lojas aumentaram 52,5 %.
Em comparação com os 14,3 % do ano anterior, a inadimplência líquida foi menor em 6,2 %, e os pagamentos em atraso (em média mensal) foram menores em 13,6 % do que em 20,5 %. Como consequência direta disso, o valor provisionado foi reduzido em 45 %, totalizando R$ 9 milhões.
Durante o segundo trimestre de 2021, o faturamento das lojas aumentou para 5,5 %, de 5,2 % no primeiro trimestre de 2021.